Continente Americano: Festas típicas chilenas

Para conhecer um pouco mais da cultura chilena, decidi falar sobre quatro festas típicas do Chile que selecionei como as mais interessantes:

Semana Valdiviana

Em fevereiro, acontece a comemoração da fundação da cidade de Valdivia. A cidade foi fundada no dia 9 de fevereiro de 1552, fica no sul do Chile, na região de Los lagos e dos bosques milenares. Para festejar, dezenas de embarcações encenam uma perseguição, o que atrai vários turistas de todos os lugares, inclusive do próprio Chile. As embarcações concorrem por um prêmio, onde a mais bonita e enfeitada ganha o direito de, o capitão da embarcação, coroar a rainha da beleza da festa. Nas margens do rio Calle-Calle os visitantes e os nativos que apreciam comidas, músicas e apresentações típicas, assistem a um show de fogos de artifícios que encerra a festa. Relembrando a influencia alemã no local, que povoaram a região desde o século XIX, este festival tem muita cerveja durante toda a semana.

Festas da vindima

Na zona central do Chile, a admiração e o prestígio concedidos ao vinho chileno é celebrado. Com a chegada do verão, os preparativos já começam a ser feitos e nas últimas semanas de março começa efetivamente o festival. A festa acontece em várias cidades, assim como o carnaval no Brasil. Na cidade de Curicó, que é a cidade mais antiga a celebrar, uma cerimônia religiosa para abençoar os primeiros sucos das uvas abre as comemorações. Logo após a missa, começa o desfile dos carros alegóricos. A festa da vindima também elege uma rainha. Uma das atrações principais da festa é a competição entre pisadores de uvas onde o vencedor é o grupo que fizer mais suco de uva em 10 minutos.

Festa de La Tirana

"Tirana" é um pequeno povoado cituado no norte do Chile, onde acontece a festa La Tirana. A lenda diz que "A princesa Ñusta junto com centenas de guerreiros leais, fugiu para a floresta do Tamarugai. Ñusta passou a sacerdotisa e líder militar e com isso ordenou a execução de todos os espanhóis que encontrassem seus soldados. Ficou conhecida como 'La Tirana'. La Tirana toma outro rumo quando conhece um rapaz português chamado Vasco de Almeida, que teve um sonho com a Virgen del Carmem que lhe mostrou a rota para a Mina del Sol, que passava pelas terras de domínio de La Tirana. Chegando lá é capturado pelos guerreiros e levado à Sacerdotisa que vendo-o, um homem bonito, alto e elegante, disse que não poderia condená-lo. A Princesa Tirana planejou então ter que recorrer às estrela para a confirmação da morte de Vasco, as quais disseram que Almeida não poderia ser executado antes da quarta Lua Cheia. Seus guerreiros ficaram enfurecidos, pois a Princesa Ñusta abrigou o prisioneiro em sua casa e passou a se dedicar a ele. A fúria cresceu quando descobriram que os dois tinham se tornado amantes. Dias antes da quarta Lua Cheia, Ñusta se converteu ao cristianismo. Um guerreiro que os observava, confirmou a sua traição. Os dois foram alvejados com flechas. Provida de um último suspiro de vida a Princesa Ñusta pediu que os dois fossem enterrados juntos e que marcassem o túmulo com uma cruz." Adaptado de http://americalatinaemfesta.blogspot.com.br/2007/07/chile-fiesta-de-nuestra-seora-del.html

A festa supera o povoado e é considerada a festa mais famosa do Chile, atraindo muitos turistas, inclusive de todo o país. A festa acontece entre os dias 12 e 17 de julho de todos os anos. Dançarinos mascarados usando roupas típicas da festa, ao som de tambores, flautas e apitos, que marcam o ritmo único, começam assim a "diablada", que é a dança para expulsar os demônios. O "caporal" ou "capataz" da confraria fica responsável por soprar o apito na batida sincopada. Durante a "diablada" o ecletismo religioso é mostrado e um cumprimento à virgem del Carmen é feito. Vários nativos aproveitam a data para peregrinarem até o santuário da virgem e pagarem promessas a ela. No templo da virgem acontecem missas e em volta acontece toda a festa de La Tirana.

Carnavalón

Carnavalón é a festa mais tradicional chilena. A festa é celebrada na cidade de San Miguel de Azapa, e, como a semana Valdiviana, também acontece em fevereiro, 40 dias antes da quaresma. A festa trata em desenterrar, de modo figurativo, um personagem mitológico chileno, o Carnavalón, que é responsável pela alegria, fortuna e fertilidade do povo por todo o ano. Ao mesmo tempo que o Carnavalón é desenterrado, os nativos fazem um cumprimento à mãe Terra, conhecida por "Pachamama", e ao pai sol, conhecido por "Tata Inti", com músicas, danças e oferenda de frutas locais.