domingo, 1 de abril de 2012

Terremoto no Chile sensibiliza Japão

  No dia 25 de março um terremoto de magnitude 6,8 na escala Richter atingiu oito regiões do centro e do sul do país num território de aproximadamente 30 quilômetros. O terremoto gerou 22 réplicas por todo o território chileno com algumas marcando mais de 4 pontos na escala Richter.
     
  O Instituto Sismológico da Universidade do Chile localizou o epicentro do terremoto na região de Maule, na mesma falha geológica que originou o terremoto de 2010, o maior já vivido por eles.
     
  Os especialistas consideraram esse terremoto uma réplica tardia do terremoto de 8,8 pontos que atingiu várias regiões do Chile em 27 de fevereiro de 2010, e se expandiu de Coquimbo, cidade chilena a 500 quilômetros ao norte de Santiago até Los Ríos, cidade chilena a 800 quilômetros ao sul da capital, totalizando 1300 quilômetros mais a cidade de Santiago de extensão. 
    
   As autoridades divulgaram que apenas 14 pessoas ficaram feridas e uma faleceu.

   O Escritório Nacional de Emergência (Onemi) deu ordem de evacuação preventiva em uma faixa de 500 quilômetros, percorrendo várias cidades litorâneas e próximas ao litoral. Aproximadamente 7 mil pessoas foram evacuadas de seus lares por medidas preventivas na região de Maule, região onde havia maior chance de acontecer um tsunami. Esses habitantes foram colocados a 30 metros acima do nível do mar e esperaram até que a situação se normalizasse e as chances de acontecer um tsunami fossem nulas. A organização voltou atrás com a evacuação, exceto em Maule devido aos dados técnicos divulgados pelo Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Armada (SHOA).
  
   Os presidentes do Chile, Sebastián Piñera, e do Japão, Yoshihiko Noda, reforçaram a cooperação dos países em prevenção de desastres e em energias renováveis, em um encontro que fechou a agenda política do presidente chileno em sua viagem asiática.
  
   Noda expressou a disposição do Japão de fornecer assistência ao Chile na área de gestão de desastres, a qual conta com um avançado sistema de alarmes que avisam sobre terremotos. Os dois líderes concordaram que a assistência recíproca em desastres naturais reforçou ainda mais os vínculos entre Japão e Chile, ambos situados em regiões com uma elevada atividade sísmica e que nos últimos anos sofreram devastadores tsunamis.
  
   Potencializar os laços econômicos foi um dos grandes objetivos da visita de Piñera, que encorajou os representantes japoneses a aumentarem os investimentos e o comércio com o Chile. A agenda do líder chileno também incluiu o setor científico e tecnológico.

escrito por: Jéssica Portes

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