domingo, 27 de maio de 2012

Atraso para retirar minas terrestres implantadas durante a ditadura acaba matando motorista no Chile

       Uma mina terrestre explodiu neste sábado, dia 26 de maio, a 1.660 km da capital do Chile, Santiago. Segundo as autoridades, a mina destruiu um carro que passava pela região de Arica, na fronteira entre Chile e Peru, e matou a pessoa que estava no veiculo. Desde 2002, cerca de 14.000 minas foram retiradas da região.        O Chile teve sua fronteira com o Peru fechada no dia 20 de fevereiro deste ano depois de chuvas torrenciais terem atingido um campo minado e arrastado minas terrestres até uma importante rodovia que corta a região."As minas foram arrastadas na direção da Rota 5. A decisão de fechar a estrada foi tomada em conjunto com a polícia e o exército. Ninguém está atravessando", disse a prefeita de Arica, na época. Não foi especificado quantas minas explosivas foram deslocadas durante as chuvas, mas foi informado que quatro artefatos encontrados na estrada foram detonados pelo esquadrão antibombas dos serviços locais de segurança. A Rota 5 é bastante utilizada por turistas, negociantes e peruanos que trabalham em Arica, cidade situada 2.100 quilômetros ao norte de Santiago.        Durante a ditadura militar de Pinochet, o Chile enterrou minas em diversos pontos de suas fronteiras com Peru, Bolívia e Argentina em meio a crises diplomáticas com os países vizinhos.        Calcula-se que os campos minados, 183 só no extremo norte, contenham quase 200 mil dispositivos semelhantes. Pela Convenção de Ottawa, o Chile teria até março deste ano para eliminar todas as minas terrestres dormentes em seu território. No fim do ano passado, o governo pediu que o prazo fosse prorrogado até março de 2020. O trabalho não terá a cooperação dos antigos rivais, como o Peru, cujo pedido de ajuda feito para limpar a área de fronteira com este país, foi negado para o chanceler chileno, Alfredo Moreno.

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